Poema de Coelho Neto
Era uma forte e meiga criatura,
Alma infantil em corpo de gigante;
E n'arena o julgáreis sempre ovante,
Da Grécia antiga olímpica figura.
Mas como cá na terra a desventura
Apunhala o valor a cada instante,
Chega-se a Morte ao moço triunfante
P'ra tocá-lo co'a ponta d'asa escura.
Preces da aflita mãe, que a dor crucia,
Prantos do pobre pai, que era um poeta,
Tudo o supremo transe lhe angustia.
Mas tinha o lutador crenças de asceta,
Rompe-se em luz o nimbo da agonia...
Sorri... Mais uma vez vencera o atleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário